Guia de masturbação - *MENINAS*



Estimulando o clitóris


~> Quando estiver excitada, mexa com os dedos na vagina e clitóris lentamente. Passando pelos lábios e pela vagina inteira, use sua própria lubrificação para acariciar o clitóris, fazendo com que tudo seja mais fácil e prazeroso. Você pode usar um outro lubrificante também, como KY.


~> Segure seu clitóris sem fazer muita força com o polegar e o indicador, e comece a massageá-lo com os dois dedos. A velocidade e a pressão mudam de acordo com o prazer que dão.


~> Para as apressadas, essa é a melhor técnica. Use o indicador e o dedo médio e os coloque sobre o clitóris. Faça movimentos circulares aumentando a pressão gradativamente, e sem parar. O orgasmo deve chegar em apenas alguns minutos. Um pouco de lubrificante ajuda.


~> Com uma mão, puxe os lábios da vagina pra trás, para expor o clitóris. Com a outra, use o indicador para dar tapinhas leves no clitóris. A sensação é única, e muito boa.


~> Estimule o clitóris como preferir com uma das naos e enfie um ou dois dedos da outra levemente. Assim você vai simular o ato sexual, o que pode levar a um orgasmo muito grande.


Com água Deite-se em algum lugar que possa controlar o fluxo de água. Pode ser um box com banheira, bidê ou lugar com chuveirinho. Use jatos de água sobre seu clitóris e ajuste a temperatura e a pressão. Você pode usar as mão para direcionar a água melhor e aumentar a pressão.


~> Se você tiver um vibrador , eles ajudam. A vibração estimula o clitóris, e com pressão bem aplicada você pode ter orgasmos muito longos e fortes. Aproveite a vibração e o use nos mamilos, seios, coxas, quadril e outras partes, porque há mais na masturbação do que apenas o clitóris. É uma ótima ferramenta para descobrir quais são seus pontos mais sensíveis.

Guia de masturbação: Meninos


1. Iniciando...

Lubrificantes

É uma boa idéia usar alguma coisa para deixar o pau mais escorregadio. Para quem é circuncidado, é mais importante ainda porque vai facilitar o trabalho. Existem um monte de marcas, a mais famosa é o KY, mas você pode usar outras coisas também, como cremes hidratantes. Antes de se lambusar, teste um pouco para ver se não arde, e depois, mande bala! Se você nunca usou, pode estranhar, mas logo passa!

Muitas maneiras de se masturbar

Uma das coisas que muda tudo é a posição em que você está. Você pode bater punheta deitado, de pé, sentado, com uma ou duas mãos… É interessante também, se você estiver com uma mão desocupada, brincar com outras partes do corpo,como peito, saco, coxas e etc.

Você pode aproveitar a posição e deixar as mãos paradas, e fazer os movimentos com o corpo ao invés de mexer só a mão. Na hora do banho, você pode aproveitar e tentar jeitos diferentes, e usar a água para ajudar também. Você pode segurar o pau com mais ou menos dedos, segurar só pela cabeça ou só pela base. A sensibilidade muda muito de lugar para lugar, então tente vários jeitos diferentes.

Tecnicas básicas

Você pode usar só uma mão, e fazer tudo do jeito mais simples: deslize para cima e para baixo. Da mesma forma, você pode usar só o dedão e o indicador e o dedo médio, e variar a velocidade e a pressão. Vale a pena mudar as técnicas e aproveitar!

Com duas mãos já é interessante usar lubrificante. Você pode alternar, usar uma mão para ir de cima para baixo e a outra de baixo para cima, ou bater punheta com as duas mão ao mesmo tempo.

Você pode passar em um sex shop e comprar alguma coisa que simule uma vagina, também é uma prática bem comum. Esteja sempre com um pouco de papel higiênico ou com uma camisinha para não deixar o lugar onde você escolher sujo.

2. Técnicas avançadas...

2.1

~> Deite de barriga para baixo, segurando o seu pau. Empurre ele para dentro e para fora. A sensação é muito próxima à de uma relação, e você pode usar sua outra mão para mexer em outras partes do corpo

~>Feche as duas mãos. Coloque uma logo na rente do seu pau e empurre até que ele passe inteiro por ela. Assim que a cabeça parecer, faça o mesmo com a outra mão e fique alternando as duas. Você vai ter a sensação de estar enfiando infinitamente.

~> Você pode fazer o oposto também. Ao invés de ir só de cima para baixo alternando as mãos, faça a mesma coisa indo só de baixo para cima, mas esteja bem lubrificado. O truque é variar a pressão e a velocidade.

~> Com as duas mãos, e bem lubrificado, você pode bater uma punheta normal com uma das mão e com a outra ficar esfregando na cabeça do seu pau. Se você estiver bem lubrificado, o orgasmo será muito grande!

~>Se você estiver com paciência pode tentar gozar só esfregando a palma da sua mão na cabeça do seu pau.

~> Esse faz uma sujeira danada, mas vale a pena. Lubrifique a parte inferior do seu abdômen. Deixe a cabeça bem exposta e fique mexendo seu pau da esquerda para a direita, fazendo bastante pressão contra o abdômen.

~> Se você não for circuncidado, pode usar o prepúcio. Faça movimentos de um lado para o outro com seu dedo sobre o prepúcio. Esse vai demorar um pouco mais, mas vale a pena.

~> Segure o pinto com uma das mão e com a outra, lubrificada, esfregue com força e bem rápido a palma da sua mão contra a cabeça do seu pau.

~> Você pode massagear seu escroto enquanto se masturba, e se nunca fez isso antes terá uma sensibilidade melhor. O melhor jeito é massagear bem devagar, com movimentos rítmicos e variando a pressão, mas sem pegar com muita força.

~> Faça uma pinça com todos os seus dedos, e tente deixar seus dedos o mais duros que conseguir. Comece enfiando o pau na ponta dos seus dedos, e abra até bater a cabeça na palma da mão. Enfie o pau e tire da mão para simular uma vagina.

~> Lubrifique seu pau e faça um “V” com seus dedos. Deslize a mão para cima e para baixo ao mesmo tempo que massageia deu saco. O segredo é fazer isso bem devagar e variar a pressão que faz com a mão.

Ligue o chuveiro só com água pelando. Deixe o banheiro ficar bem quente e úmido, e depois desligue a água. Entre no box e comece a se masturbar. A temperatura do seu corpo vai subir e você sentira muitas coisas novas!

~> Dobre os joelhos e se sente sobre suas panturrilhas. Curve seu adbomem para frente e encaixe seu pau entre sua coxa e barriga, e com um pouco de lubrificação, comece a se mexer. Mexa a coxa, o abdômen, se vire de um lado para o outro e descobra cada forma de se estimular. É um jeito muito bom de se masturbar sem usar as mãos.

2.2

~> Lubrifique suas mãos e coloque seu pau ereto entre elas. Faça um “c” com cada uma e posicione uma na cabeça e outra na base do seu pau. Comece a subir e descer as mão, sempre deixando a posição das duas invertidas. Vá aumentando a velocidade até que fique bom e comece a curtir.

~> Essa você nem precisa tirar toda a roupa. Fique com o pau ereto e comece a dar tapinhas nele, sobre a cuca. É uma das técnicas mais demoradas, mas traz sensações bem diferentes.

~> Essa é uma que só serve para quem tem prepúcio. Segure seu pau puxando toda a pele que sobra para baixo, lubrifique seu pau e se masturbe com a mão em contato direto com a cabeça do pau. É uma das técnicas mais rápidas!

~> Feche a mão ao redor do pênis, e enquanto massageia com os dedos, faça movimentos circulares com o dedão na cabeça.

~> Pressione seu pau contra seu abdômen e mexa sua mão aberta e esticada para cima e para baixo, forçando o pau contra a pele.

~> Feche as duas mãos com os dedos entrelaçados. Deixe tudo bem lubrificado e comece a enfiar o pau pela abertura logo abaixo dos dedinhos. Tente fechar a parte de cima com os polegares e comece a movimentar as mão para cima e para baixo. A fricção e pressão deixarão tudo muito mais interessante!

~> Segure seu pau com uma mão. Com a outra pegue seu prepúcio e cubra a cabeça do pau. Fique mexendo na cabeça pelo prepúcio em movimentos circulares com bastante pressão contra o pau e com velocidade média.

~> Segure sue pau pela base e o mexa de um lado para o outro como se estivesse dando chicotadas. Quando achar a velocidade certa, sentirá a diferença. Deixe os movimentos bem ritmados e não varie a força. A ejaculação é bem rápida! O segredo é deixar a cabeça sempre indo na direção oposta que a sua mão.

~> Se você tiver uma banheira em casa, ensaboe uma de suas extremidades. Coloque uma perna dentro da banheira e uma fora e se sentre apoiando seu peso entre o saco e o pênis. Comece a fazer movimentos para frente e para trás, e deixe seu peso todo sobre a área. O prazer será muito intenso

~> Você pode ater com as duas mãos ao mesmo tempo, só que pode distribuir melhor. Coloque uma mão na base e outra na cabeça, e faça o movimento de vai e vem com as duas ao mesmo tempo.
Também da para usar essa técnica de outra forma. Segure o pau com as duas mão da mesma forma, mas ao invés de mexer as duas na mesma direção, deixe os movimentos invertidos: quando uma vai para cima, a outra vai para baixo, e assim por diante.

~> Deite de barriga para cima, e com o pênis ereto, posicione sua mão entre sua barriga e o pênis. Se estiver com lubrificação, fica mais fácil. Comece a mexer a mão por baixo do pênis em movimentos circulares, sem fazer pressão. É uma forma bem diferente de gozar!

Palavreado Solto...

A poesia performática de Cordel do Fogo Encantado
Davi Rocha Lima
mandaemailprodavi@gmail.com

Extraido do site Livrevista - A revista do senso incomum

Nos CDs do Cordel percebem-se fortes influências literárias, o que não é diferente nesse último CD.
Lirinha: Esse trabalho é o que mais tem citações literárias e escritas. Todos os nossos trabalhos fazem referências literárias, mas esse disco é mais aberto a esse conceito, é uma idéia nossa colocar inspirações literárias em cada música.

Como vocês classificam o tipo de música que O Cordel do Fogo Encantado faz?
Lirinha: A classificação que a gente faz é bastante complicada, temos indicação pra prêmios nos mais variados rótulos. Fomos indicados agora para o Prêmio TIM, melhor grupo de por/rock nacional, o que causou um estranhamento no país inteiro na crítica especializada. Eu achei interessantíssima essa indicação, porque é um grupo que não trabalha com símbolos pop, como a guitarra, a bateria e o baixo. Também não toca em rádio, não está presente na televisão. Interessante estar concorrendo com Os Mutantes e Skank. Eu recebi o prêmio pela APCA [Associação paulista dos críticos de Arte] de melhor compositor em 2006 de MPB e antes disso o Cordel foi indicado a uma dezena de prêmios regionais.

Como vocês trabalham a questão percussiva na banda? Já que três dos cinco integrantes são percussinistas?
Lirinha: A maior contribuição que a gente dá com o disco Transfiguração é colocar percussão nesse momento contemporâneo, dessa geração, sem ser algo arcaico, tradicionalista, conservador. Isso é um preconceito que já vem junto com qualquer música percussiva, essa idéia de ancestralidade. Clayton Barros: A gente é uma banda praticamente percussiva, não tratamos a percussão como complemento, ela é a pilastra do nosso grupo. Tem toda uma diferença para as outras bandas que tratam a percussão como cozinha, algo complementar, no Cordel não. A gente busca introduzir a percussão não só como elemento rítmico pra música, mas melódico também.

Vocês estão criando um novo estilo de música, graças a questão da forte presença da poesia nas composições da banda? Chegam até a compará-los com O Teatro Mágico...
Emerson Calado: É meio difícil falar isso, porque você escuta os três discos que a gente tem e o DVD, você vê que cada um tem uma tendência, o nosso próximo pode ser completamente diferente do que a gente fez em Transfiguração e soar diferente do primeiro também. No primeiro tinha uma parte mais nossa, nossa convivência, cultura do dia-a-dia de Pernambuco. O segundo já tem aquele impacto de mudar para São Paulo, uma cidade que tem um ritmo tão diferente do nosso. O terceiro é mais calmo e também por ter viajado mais, ter feito mais shows, essas coisas foram se interando. Se a gente tivesse três discos na mesma linha...
Então fica difícil rotular, a gente curte fazer um som diferente e um disco que você escuta e parece que é outra banda. Tem pessoas que vem seguindo, mas não na questão musical, como é o Teatro Mágico, é mais na questão cênica que a gente parece muito, tem uma similaridade. A questão musical eu costumo rotular a banda como alternativa.
Emerson Calado: A gente se apresenta e tem gente que chega: ‘Nossa isso representa a raiz, a cultura do nordeste’, ou ‘o som de vocês é muito do futuro, uma música para não sei daqui a quanto tempo’, ou ‘não representa nada, representa a humanidade’.
Clayton Barros: Tanto que cada disco é um conceito, acho que se o Cordel se apegar a um rótulo ele vai deixar de fazer várias coisas e ficar pensando nisso.

O show de vocês dá grande destaque pras performances no palco.
Lirinha: Nossa principal característica é que o espetáculo é nosso principal objetivo. O Cordel do Fogo Encantado nasceu de um espetáculo, inclusive o nome da banda. Então essa relação com o público é o nosso objetivo principal, a apresentação, o espetáculo ao vivo.

Vocês se tornaram uma referência. O que é pra vocês serem uma referência?
Lirinha: Pelo menos pra mim é uma coisa nova, você abre uma revista aí vê uma banda que é inspirada em você. Ë algo que estou vivenciando agora. Como é ser uma referência é o tempo que dirá o que eu sou, será que é uma referência por que tô ficando velho?

A banda não aparece na mídia, na TV ou no rádio. Isso é bom ou ruim pra banda?
Lirinha: É muito interessante para a história desse nosso mundo. A possibilidade de uma banda viver, ter uma equipe grande, viajar o país inteiro, viver disso, e não necessariamente ter que fazer o caminho convencional das coisas. Esse é o grande ponto pra se pensar, não é ruim nem bom, o Cordel não nega convite, agora mesmo a gente fez para a Globo o programa do Milton Nascimento. Nunca a gente teve isso de não vamos fazer tal programa, não vamos fazer tv. Mas é legal perceber isso, que existe um caminho que necessariamente não passa por isso

Palavreado Solto...

Senhoras e senhores! Respeitável público, o Livrevista tem o prazer de apresentar: O Teatro Mágico!
Gabriel P. Ruiz
gabrielpruiz@yahoo.com.br

O Teatro Mágico é um grupo ou uma trupe, como preferem ser chamados, que mistura música, poesia, teatro, circo, cores e uma porção de coisas. A trupe é enorme. São 8 músicos entre dj e violinista, passando pelos instrumentos tradicionais de baixo e bateria, além das performances circenses feitas por outros integrantes. Tudo isso junto. Há um momento no espetáculo em que nos perdemos, não sabemos se olhamos para a banda no palco, ou para Gabi Veiga literalmente voando sobre nossas cabeças. As canções do Teatro mágico - quase todas de autoria de Fernando Anitelli, músico e idealizador do grupo - falam das situações do cotidiano, das impressões sobre o dia-a-dia, do olhar da gente sobre o outro e sobre o mundo.

Quatro horas da tarde. Lá estamos eu e a amiga Marjorie Ribeiro. Ansiosos, aguardamos o contato com Fernando Anitelli e sua trupe.- Olá, você é o Fernando? – pergunto eu ainda perdido por não saber quem é quem, quando Edu se aproxima.-Não, sou o Edu, baterista do Teatro Mágico. Vocês vão fazer a entrevista é isso? – apresenta–se o rapaz, simpático e sem maquiagem, observado os gravadores e cadernetas em nossas mãos.-Isso! – respondemos em coro.Podemos começar então. Esse aqui é o Louis, diz o Edu mostrando um cara grande maquiado, com um nariz vermelho maior ainda e sapatos com os bicos enormes, típicos de palhaço. E eis que começamos...

Para começar por que o palhaço como representante do projeto?
Louis: eu posso falar que já fazia um trabalho de teatro antes do Teatro Mágico, teatro amador, de rua, enfim. E também já trabalhava com a idéia do clown, que é o personagem mais completo nessa disposição de querer fazer tudo, querer estar participando de tudo, como por exemplo, chega com um monociclo e fala: “alguém aí sabe andar de monociclo?” O primeiro que vai levantar a mão vai ser o palhaço, mesmo não sabendo, ele vai cair, vai enfiar o narigão no chão, mas sempre disposto. E a idéia do clown é que cada um tem seu clown. Normalmente quando fazemos uma oficina de clown, vc traz o seu clown que é a sua melhor e pior partes. E encarar dentro desse personagem, usando uma maquiagem ou não, um nariz que seja, o simbolismo do clown está no nariz.

Como é o seu clown?
Louis: O meu Clown já compararam com o Pateta, com Chaves, com Deus e o mundo. Até pelo fato de ter um nariz gigante, um chapéu, todo um trejeito peculiar de dançar de andar no palco, de gesticular.

E vocês fazem alguma coisa paralela ao Teatro Mágico?
Edu: alguns se dedicam cem por cento e outros não. No meu caso trabalho cem por cento com música, acompanho uma dupla sertaneja, então estou envolvido com música, tenho uma gravadora, estou gravando o disco do Trevisan (guitarrista), o trabalho dele. Então graças a Deus estou conseguindo me dedicar totalmente a música, seja na minha lojinha vendendo instrumentos e artigos musicais, seja com Teatro Mágico, seja produzindo, seja sertanejo. Então pra mim eu consegui tornar minha vida acessível dentro da música, o que pessoalmente é uma satisfação enorme.

Você comentou sobre o novo cd, tem previsão, como ele será?
Edu: depois do segundo semestre, setembro, outubro [de 2006], talvez ele deve estar saindo. Várias das músicas já são tocadas nos shows e até pela questão da independência a gente foi compondo, foi montando o segundo disco em show, pra depois gravar, questão de grana e tal. Ele está em fase de produção, está com quase todo o esboço pronto.

Todas as músicas do segundo cd também são do Fernando?
Edu: Então no primeiro cd tem uma ou duas músicas que é do Fernando com o Danilo que é o antigo baixista que tocava com ele antes do Teatro Mágico, que é “o prato do dia”. Agora no segundo, vai estar saindo músicas do Fernando com a Maíra Viana (amiga do Fernando que acabou se tornando produtora da banda), do Fernando com o Trevisan.

Mais ou menos nessa hora, estávamos no ginásio onde a apresentação ocorreria quando começaram a chamar pelo microfone todos os integrantes do Teatro Mágico para a passagem do som. Maíra! Será que tem como a gente falar rapidamente com o Fernando?Tem sim, claro, só esperar ele voltar. – responde solícita a co-autora de algumas canções da trupe. Finalmente Anitelli aparece. Entretanto, o bate papo rola do lado de fora do Ginásio, mas especificamente na área de convivência do Sesc, tipo uma praça de alimentação dos shoppings rodeada de mesinhas. E é numa dessas que Anitelli – de maquiagem, chapeuzinho característico e figurino circense - nos atende, mas não antes de se apresentar, perguntar o nome de cada um e de eu dizer que é uma grande honra recebê-los na cidade...

O que é de fato esse projeto do Teatro Mágico?
Fernando: é um trabalho independente cada vez mais acessível, de uma trupe que veio do mundo mágico de Oz... de Osasco! Fazer com que este trabalho seja uma coisa estável é muito complicado porque a gente não tem apoio de ninguém. E estamos levantando a bandeira da independência, indo aos trancos e barrancos. A apresentação de hoje aqui (25/05/06; Bauru-SP) é um marco pra nós, porque agora que estamos começando a se apresentar no interior de São Paulo. Saímos apenas uma vez de Sampa para tocar em Curitiba e existem várias comunidades no orkut do Brasil inteiro, Minas, Paraíba, Rio Grande do Sul, que tratam sobre o Teatro Mágico só que a gente nunca foi pra nenhum desses lugares. E é muito legal saber que existem pessoas de lugares distantes que enxergam uma coisa comum com nosso trabalho. Porque o que a gente faz nada mais é trabalhar com a cultura, misturar teatro, circo, música brasileira, rock, tudo isso com influência em sarais, festas populares, festas de rua. Eu conheci a grande maioria das pessoas ou na rua perto de casa ou nos sarais freqüentando-os. Sempre gostei de misturar poesia com qualquer coisa que não fosse capaz de ser dialogável. A gente tem influência de Mutantes, Secos e Molhados, Antônio Nóbrega, Cordel, Tom Zé e outras coisas.

Como ser formou a trupe?
Fernando: Quando foi gravado o CD não era essa trupe ainda. Eu gravei o cd e fui convidando amigos, entre eles o pessoal do Cordel, do Pavilhão 9, Simone Soul do Funk Como Lê Gusta. E uma vez que o cd estava pronto, ele foi tratado como uma peça de teatro. Tem algumas ambiências nele, tem umas texturas que a gente gravou. E todas as músicas são linkadas umas as outras. A música não tem fim, as músicas se transformam. E a segunda parte do projeto era tornar isso acessivo ao vivo. Foi aí que eu convidei outros amigos, alguns que gravaram o cd e outros que poderiam nos acompanhar vestindo a camisa, fazendo as apresentações ao vivo pra poder tornar esse trabalho uma coisa capaz, sair de Osasco. E a gente buscava nas pessoas cem por cento de disposição e entender qual era a idéia do projeto, de não ter palco e platéia, mas que durante duas horas as pessoas possam encontrar um comum, uma semelhança entre elas ali. Era com essa disposição, com esse espírito que a gente queria montar a trupe. Começamos a fazer oficinas, a ler textos sobre as músicas, a ler alguns textos do Hermann Hesse, que foi de onde eu me inspirei pra dar nome ao cd, à trupe. O Teatro Mágico – entrada para raros é uma passagem de um livro dele chamado O Lobo da Estepe e em função disso a gente começou a se encontrar cada vez mais e a trupe foi se tornando uma célula criativa. É sempre com a idéia de somar, nunca com a idéia de show. Eu falo que o Teatro Mágico não é um show, é uma desculpa esfarrapada pra uma porção de gente rara se encontrar e fazer daquele espaço algo digno de ser compartilhado. Até porque todo mundo é raro, se você pensar só existe um de cada um de nós, consequentemente, já estamos em extinção.

Em relação ao lema de vocês, “os opostos se distraem, os dispostos se atraem”, queria que comentasse.
Fernando: Essa idéia justamente porque a gente sente que se não tivermos coragem pra quebrar os ditados populares, encarar o teatro mágico que é o nosso dia-a-dia, a gente muitas vezes fica encaixado dentro de um contexto que nem mesmo a gente sabe qual é. Então, essa frase pra mim resume toda a idéia do que é o Teatro Mágico.

Sobre cena independente, vocês já foram flertados por alguma gravadora?
Fernando: algumas gravadoras já ficaram interessadas em trabalhar conosco e o que dissemos é que buscamos uma distribuição, queremos ter liberdade para opinar na nossa própria obra e saber por quanto ela vai ser vendida e a relação dela com nosso público. Hoje nosso CD, que tem 19 faixas é vendido a 5 reias. Uma multinacional pega um artista de expressão, trabalha ele e vende o trabalho dele por 40 reais e nem 1 real vai pra esse artista. Nós somos completamente contra isso. Colocamos todas as músicas do CD pra serem baixadas no nosso site. Nós incentivamos as pessoas que não tiverem dinheiro a piratear nosso trabalho e distribuir cópias mesmo. O que a gente quer é que contra burguês baixe mp3.

E Fernando é você que compõe a maioria das músicas, como é isso de pegar uma crônica ou um fato e transformar em música?
Fernando: qualquer coisa pode virar música! Por exemplo: (e ele começa a cantarolar) Na hora de tomar café, é café...enfim. Você pode fazer música pra café, pra chiclete, pra sandália. Isso acontece porque você pode se inspirar em qualquer coisa, em uma palavra errada que você falou, pode servir de inspiração uma situação triste, uma conquista. A questão é que a música do chiclete tem um porquê de ela estar ali. O problema é quando o artista confunde a obra com o comercial de chiclete e passa a fazer as coisas completamente pasteurizadas. Você pensa, peraí: essa música esse cara já não compôs em dois discos atrás, esse cara já não escreveu isso uma vez? A questão de arriscar naquilo que você faz, de ousar no seu trabalho é uma coisa atrelado ao artista. Você não pode, ah isso aqui deu certo, vou usar sempre essa fórmula, isso não existe né! Senão o que seriam das inovações de Tom Zé, Lenini, Chico Science, Chico César, Chicos em geral, enfim. Essas referências todas nos ajudam pra gente acreditar que tudo aquilo que a gente ta fazendo faz sentido.

Pra finalizar, uma rapidinha com o Fernando...
Cultura – necessária
Arte – alimento diário
PT – estamos juntos, voto no Lula de novo
Palhaço – meu sonho de criança
Um livro – o lobo da estepe do Hermann Hesse
Uma banda – que trata da música como verdade
Sexo – quase todo dia, quase toda segunda, quase toda terça...

Palavreado Solto...

Entrevista: Conheça a trupe do Teatro Mágico
São Paulo, 26 de dezembro de 2006
Por: Mariana Kid e Bruna Stella

Entre malabares, tecidos e esquetes teatrais, uma banda devidamente trajada de palhaço, oferece ao público durante seus shows - uma espécie de sarau circense - músicas que já se tornaram grandes hits. Pelo menos é o que acontece entre o público que lota as apresentações no Brasil à fora. Coisa rara hoje em dia, principalmente pela ditadura musical que assola as rádios e televisões, e deixa pouco espaço para quem quer divulgar sua arte. Ser reconhecido e consagrado no cenário independente talvez, seja apenas um dos grandes atrativos que compõem o cardápio da trupe do Teatro Mágico. Nos bastidores das gravadoras e longe dos holofotes, a banda comemora três anos de muito circo, música, poesia e teatro. E que rufem os tambores! Neste clima de picadeiro, malabaristas, pirofagistas e atores, que dividem a atenção da platéia, com o espetáculo em que a música é apenas uma das partes do show. Liderado pelo vocalista Fernando Anitelli, o Teatro Mágico surgiu com a idéia de levar aos palcos a estrutura de um sarau. E nesse clima, a banda foi ganhando um músico aqui, um trapezista ali e em pouco tempo estava formada a companhia, que no último dia 16, soprando as velhinhas, levou mais de duas mil pessoas ao ginásio do Sesc Ipiranga. Em entrevista por telefone ao !ObaOba, o fundador e vocalista da banda, contou sobre o começo do projeto, o que acha da pirataria e ainda revelou o que gosta de comer quando está em casa:

!ObaOba: Como aconteceu a escolha do nome da trupe?
Fernando: O nome surgiu de um livro chamado “O Lobo da Estepe”, do alemão Herman Hesse. Esse livro é um romance muito bacana sobre questões do intelecto humano e de tudo que trate da rendição do ser humano às questões pertinentes a ele mesmo. E tem um personagem que se depara com uma placa dizendo: “Esta noite o Teatro Mágico Entrada Para Raros”. E foi desse livro que eu tirei a idéia de colocar o nome da trupe.

!ObaOba: Mesmo longe dos holofotes, vocês conquistaram um público fiel que tem lotado as apresentações. O que você achou do show de três anos da banda, que aconteceu no último dia 16 de dezembro? Respondeu as expectativas da trupe?
Fernando: A gente achou um absurdo. Choramos metade da apresentação porque foi a primeira vez que pudemos presenciar uma platéia com mais de 2 mil pessoas, interrompendo uma apresentação para declamar uma poesia que eles fizeram pra gente. Muitas demonstrações de carinho comigo e com todo mundo da trupe, e o público completamente envolvido. A apresentação foi linda pra caramba. Foram praticamente três horas de show, com surpresas, lágrimas, aquilo tudo que a gente busca fazer em um teatro, conseguimos fazer para esse número de pessoas. Foi um presente, um sonho realizado, realmente fantástico.

!ObaOba: Nesses três anos de estrada vocês acham que já criaram uma estabilidade para a produção dos eventos e dos shows? Como funciona o Teatro Mágico nos bastidores?
Fernando: A produção toda é feita pela minha maninha, minha prima, por amigos e amigas. A gente foi se virando e se organizando nesse sentido. Tomamos consciência que se organizando, podemos desorganizar e, desorganizando, a gente pode organizar. Foi a temática da coisa. Então na verdade estamos muito feliz em ver que hoje há uma certa estabilidade, e estamos trabalhando para isso ainda.

!ObaOba: Mas que tipo de estabilidade é essa?
Fernando: Estabilidade é uma coisa muito filosófica para dizer se nos temos ou não. A gente tem a força de vontade pra nunca deixar de fazer as coisas.

!ObaOba: Mesmo com o sucesso da trupe, ainda é difícil viver de arte em um país como o Brasil, ainda mais sem o apoio de uma grande gravadora?
Fernando: É fogo viver de arte em um país de maneira independente e manter a estabilidade, como quando na verdade você tem que depender do público, de outras fontes, de uma data acessível em um teatro e o acesso na rádio. Então é um projeto independente, mas sempre dependemos de algo.

!ObaOba: Em termos financeiros vocês que bancam a produção com dinheiro da venda de CDs, camisetas, DVDs e as entradas?
Fernando: Exatamente. A gente não tem um investimento privado de patrocínio. Isso na verdade nunca existiu. O que sempre existiu foi que a gente foi fazendo a coisa de graça com pouco dinheiro, de maneira apertada, pelo mínimo, conseguindo apoios de malabares de percussão, apoio de maquiagem e mesmo assim muita pouca coisa. Na verdade desde sempre foi uma saída para levar em primeiro ponto a vontade de fazer arte e depois a conseqüência disso à gente naturalmente vai sentir.

!ObaOba: Existe algum lugar específico que vocês queiram se apresentar ainda?
Fernando: A gente quer se apresentar, na verdade, no mundo inteiro. Um lugar que ainda não conhecemos é Tóquio (rs). Propagar a música brasileira tanto em casas de shows, como na periferia, centros culturais, teatros municipais e faculdades. Não queremos perder a nossa essência, a raiz, aquilo que nos trouxe até aqui, continuaremos fazendo e participando de sarau, e sempre em contato com a galera, ninguém ser diferente de ninguém. Ninguém aqui é mais ou menos que ninguém, o que existe é uma força de vontade muito grande em projetar o Teatro Mágico a todos.

!ObaOba: Já que você comentou sobre Tóquio, existe algum plano de levar a trupe ao exterior?
Fernando: Ainda não. Não existiu nenhum contato com o exterior. A gente sabe de pessoas que já levaram o CD pra lá, por exemplo. Eu já dei três entrevistas por email a um jornal da Islândia e dois da Inglaterra. Mas, contatos para shows lá fora, ainda não tem nada. O que tem são algumas pessoas divulgando, amigos tocando em algumas danceterias, comunidades de brasileiros lá fora ouvindo bastante a música.

!ObaOba: E como é a vida fora dos palcos? Vocês exercem profissões paralelas ou se dedicam integralmente ao Teatro Mágico?
Fernando: Algumas pessoas da trupe ainda, por não ter essa estabilidade financeira, tocam com outros grupos, outros dão aulas de música, fazem oficinas, aulas de dança, participam de outros eventos como garçom e fotógrafo. Alguns trabalham no banco, tem loja e é dono de estúdio. Cada um tem a sua individualidade profissional e está somando ela ao Teatro Mágico.

!ObaOba: E você? Tem vivido apenas do Teatro Mágico?
Fernando: Minha profissão sempe foi buscar ser músico. Eu tinha um hobby que era trabalhar no banco e ser professor de inglês e ele me dava dinheiro. Hoje, a minha profissão como músico, ator, compositor me dá condições de viver exclusivamente do Teatro Mágico.

!ObaOba: E essa idéia de mesclar música com poesia, foi uma idéia sua? Foi uma maneira diferente de chamar a atenção do público e fugir da mesmice que assola a cena musical?
Fernando: A idéia nunca foi chamar a atenção do público. Sempre foi amplificar as coisas que aconteciam no sarau. E um sarau é uma coisa fantástica. Tem alguns por aí que realmente parecem muito mais um show de calouros do que realmente um encontro poético, onde todos participam e compartilham as idéias. E foi isso que eu consegui fazer no Teatro Mágico, misturar a poesia e a musicalidade com o teatro e o circo.

!ObaOba: Então o grande intuito de criar o Teatro Mágico, foi o de divulgar a arte e não apenas atingir o público.
Fernando: O Teatro Mágico nunca foi criado como um projeto para atingir determinado nicho de mercado. Ele sempre foi uma expressão, e quis existir, talvez não fosse comigo ou com ninguém da trupe, mas alguém iria criar a trupe nesse planeta e fazer o que a gente está fazendo. Senti necessidade de trazer isso à tona, então, por isso, ele acontece desse jeito. Tem muita da simplicidade, tinta branca na cara, retalho, coisa que vem do folclore brasileiro e de festas populares. Dentro desse contexto que surgiu o grupo.

!ObaOba: Nos shows o que mais chama a atenção é a ousadia. Não existem barreiras musicais e nem limitações na hora de compor. Como funciona esse caldeirão musical que permeia as apresentações?
Fernando: Na verdade, a idéia é justamente isso, misturar tudo. Por que não um violino junto com uma batida de hip hop? Por que não percussão, com teclado e um tecido de circo? Por que não experimentar e ousar nas coisas? Então a idéia foi misturar tudo no sentido de extrair tudo aquilo que é simples, verdadeiro, de coração que vem pra agregar o trabalho e consequentemente o público tem isso como uma surpresa.

!ObaOba: Quais artistas te inspiram na hora de compor?
Fernando: Ney Matogrosso, Antônio Nóbrega, Lenine, Zeca Baleiro, Chico Science e Nação Zumbi, Chico César, Mutantes, Cordel do Fogo Encantado, Hermeto Pascoal, Rolling Stones, Ben Harper, Dave Matthews. Uma porção de gente que faz um trabalho muito bacana. Eu sempre gostei de grupos que sempre levaram a sério a arte sem pasteurizar. Sempre gostei dos artistas que nunca se transformaram em covers de si mesmos, sempre ousaram e nunca tiveram medo de experimentar com a própria arte. E são essas pessoas que me inspiram.

!ObaOba: Você comentou do Antônio Nóbrega, vocês já tentaram alguma parceria com ele?
Fernando: A gente já conversou uma vez eu já deixei um material com ele. Para essa parceria acontecer de fato ele precisaria conhecer o trabalho mais a fundo, conhecer a gente e sentir uma certa afinidade, que foi o que aconteceu com a Simone Soul o Cordel do Fogo Encantado e o Ortega do Pavilhão 9. Eu já conhecia o pessoal, já tinha uma amizade, então a partir daí veio naturalmente essa parceria. Mas com o pessoal que a gente não conhece, demora um pouco mais.

!ObaOba: No show você sempre fala da questão da Pirataria, e de certa forma incentiva o público a piratear o seu trabalho. Como você enxerga a pirataria?
Fernando: Eu falo durante o show que se as pessoas quiserem podem copiar o meu CD e divulgarem entre elas. Das duas mil pessoas que tiverem no show se uma quiser comprar e o resto piratear pode fazer. Eu vendo a cinco reais e para piratear o cara vai ter praticamente o mesmo custo. Então na verdade ninguém pirateia justamente por isso. Pelo contrário, nosso público entende a relação que a gente tem com a cultura, eles entendem o que outros músicos e outros artistas estão passando. Então eles dizem “poxa é por ai”. Eu conheço muitos outros músicos que começaram a divulgar as músicas na Internet, o CD, os trabalhos as poesias. Isso que é importante. Isso que é o grande sarau. Fazer o nosso país compartilhar coisas, idéias, musicas, educação, sabedoria, a sabedoria não tem dono, a arte não tem dono ela tem alguém que produz e para produzir isso precisa de um respaldo para ser executado. Se a música faz algum sentido para você de alguma maneira ela te pertence. Isso pode ser até uma coisa filosófica. Aquilo que é diferente e não te agrega você não imprime. Se a música fez sentido pra você, não tem que proibir na Internet e em nenhuma outra mídia. Por isso que eu estou falando dessa pirataria saudável que é compartilhar a arte. Tornar a arte cada vez mais acessível, isso sim.

!ObaOba: Como você lida com o fato de estar incentivando a pirataria?
Fernando: Quando eu estou dizendo pirateiem o meu trabalho eu estou dizendo compartilhem a música, porque até mesmo compartilhando música na Internet estão tentando proibir. Isso é proibir o acesso à cultura é proibir o acesso de outras pessoas com músicos e com seus trabalhos. E se não for através de um meio livre como é a Internet, ninguém mais vai conseguir escutar coisas novas. Porque essas mesmas multinacionais compram os espaços das rádios para anunciar as músicas de trabalho deles. Essas mesmas multinacionais compram o espaço na televisão para divulgar o trabalho deles. Então na verdade é uma palhaçada todo o sistema que comanda hoje a cultura do Brasil.

!ObaOba: E o mercado fonográfico? Continua sob a ditadura das grandes multinacionais? De que forma você analisa este cenário?
Fernando: Hoje em dia a pirataria é necessária e só existe porque na verdade sete, oito multinacionais cuidam de toda a parte musical do nosso país - a Universal a EMI, a Virgin e outras tantas, que entram Brasil, pegam artistas locais, produzem, lançam CD, por até R$ 60 e nenhum real vai para o artista. Naturalmente vendendo um CD por R$ 60, você já está excluindo grande parte da população que não tem como comprar o CD. Eu por exemplo sou um cara desses. A indústria fonográfica no Brasil hoje mais de 60% do que é comercializado é pirata. Não porque o povo é do mal, não é isso, mas porque é um absurdo ninguém fazer nada contra esse crime que é as multinacionais entrarem e venderem discos por preços absurdos. Então se nós somos uma trupe independente e conseguimos vender um CD por R$ 5 como é que as multinacionais vendem à R$ 60?

!ObaOba: Quando o assunto é comida, o que você gosta de comer em casa?
Fernando: Tudo que tenha muito condimento. Maionese, mostarda, Ketchup. Se misturar tudo isso com maça e banana eu como. Gosto de muito doce, tudo que é besteira eu aprovo. Leite com toddy. Leite ninho com ovo maltine e um pouco de água. Misturem isso e sejam felizes para sempre!

!ObaOba: E restaurantes? Quais você costuma freqüentar sempre que pode?
Fernando: De restaurantes eu gosto dos vegetarianos que tem várias comidas diferentes. Na verdade eu nunca como essas comidas diariamente. Eu gosto porque tem um gosto diferente, mas bem que podia ter uma maionese no meio, eu agradeceria.

Entrevista extraida do site !ObaOba